Talvez até hoje não saiba qual a finalidade da existência. Quer dizer, deparo-me com as diversidades do ser e não sei se sou ou se estou num sentido amplo do fazer. Talvez sirva para atormentar almas inquietas, que vivem assombrando as puras calamidades dispersas. Posso ser utilizada como artifício de desprezo a alguém, a um alguém do qual jamais ouvi falar, mas que ouve constantemente sobre mim, e me odeia como o Diabo a Deus.
Já não sei se sou forma densa de amor alheio. Talvez consiga ser a fruta explosiva, com sulcos florescentes de candura e de aparecimento. A mais majestosa flor, da qual o alguém some e devora todas as barreiras para pegar e lamuriar a simples pétala que cai e expira sua existência. Não, mas não finda a essência. Ela apenas apresenta outra faceta. Outra que não se percebe facilmente. A flor continua flor, mas por que achar que é apenas aquela que estamos acostumados a ver? Por que não há de haver uma excêntrica, porém de temperamento tão tênue quanto as que deveras já pereceram?
A existência é uma atividade complicada. Triste, indecisa, incapaz de emanar fulgores às tépidas almas que buscam na Flor a salvação da vicissitude natural: a metamorfose da flor em flor.
O alguém tem dificuldade em sofrer metamorfoses. Tem-se receio da natureza inconstante em busca da leveza cotidiana proporcionada pela metamorfose da existência. Na verdade, todos nós temos. Eu bem que queria ser uma flor modificada, não geneticamente, mas como assim a natureza deseja que nós sejamos.
Ter, ser...quero ter-se ser em mim.
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ResponderExcluirBecause we're here
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Why does it happen?
Because it happens
Roll the bones