segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sou inteiramente o reflexo de minha escrita. Busco intensamente nas demais facetas do escrever algo que console a derradeira tenacidade da vida, mas sem segundas intenções. A escrita é tão simples quanto o respirar, e não entendo por que tantas complicações ao interpretá-la. Algumas palavras e orações por demais belas talvez confundam a mente das pessoas, deixando-as completamente insensíveis aos textos. Mas não há segredos. A interpretação fora estipulada que deve ser de tal jeito que se analise momento histórico, caráter de personalidade do escritor e o meio em que ele viveu. Ah...não passam de interpretações deterministas. A interpretação deve ser livre, assim como minha escrita.

Ao ler um escrito meu, busque a faceta que lhe agrade, que pareça ter mais envolvimento com o indivíduo, e não um senso comum. Há por demais diversas linguagens dentro de um só escrito. Talvez você veja a mais óbvia. Não que seja a mais óbvia no geral; é que foi a mais reconfortante a você. Pois bem: se lhe faz bem, assim o seja.

Escrevo pelo pleno prazer de escrever. Se minha escrita for uma lástima, então eu sou uma lástima. A escrita está intrínseca a mim, como os mais profundos sentimentos. Tão profundos que nem ouso desafiá-los a saírem donde quer que estejam. Deixemo-los lá.

Não serei arrogante a ponto de dizer o que a maioria diz: que pouco importa a opinião alheia a respeito de tudo que fazemos. É mentira. A sociedade mente descaradamente e instiga os outros a fazê-lo. A sociedade é falsa, e eu não me excluo dessa massa. Não, caro leitor, não se exclua; seria extrema falsidade dizer que você é "o diferente". Não. Somos todos iguais. Matematicamente, todos nós temos podridão. A diferença é que essa tal podridão se manisfesta em diferentes pontos. O que eu quero dizer com isso? Que posso ser muito ajudadora, mas matei meu pai. Que você pode ser muito educado, mas feriu a muitos com sua rudeza no falar e no agir.

Hoje o dia está bem azul e frio. Não gosto desse sol brilhando e o ceu azul. É tão falso. O ceu azul deixa as pessoas felizes. O azul mascara a tristeza permanente das pessoas. Todas elas são tristes, assim como o ceu, que é apenas uma ilusão humana. O que existe é apenas o imenso universo escuro. Não existe o azul. Não existe a felicidade, mas eles aparecem quase todo dia, pois o sol expõe-se diariamente.

A felicidade é uma constante de espírito.

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