E eu vi uma criatura alada
Que veio até mim com ternura
Seus olhos fumegavam amor
Eu fui voar com ela
Meus olhos incansáveis
Com medo sincronizavam
Simétricos e sinuosos movimentos
Subi através das vorazes alturas
E atingi sublime contentamento
Nédios raios corriam de meus olhos
Águas límpidas escorriam do mel das palavras
Acarinhadas de sua fragrante mente
Num súbito de vaidade
Pus-me a desafiar os intensos olhos
Meus olhos não se cansam de olhar
E olhei a criatura
Estática
Extática adentrei
Pensamentos transcendentes
Bradei
Bradei como a gralha grasna
Ela sumiu
Sumiu para um não-sei-onde
Um além-de-mim
Talvez esteja tão dentro de mim
Tão intrínseca à minha alma incessante
E busco-te nas ascendências celestes
Suas cores vívidas
E sua presença
Marcaram meus olhos como a vida
Num inteiro desvelo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário